E como um bom carro de corrida, o Mazda RX 792P também tem boas fotos cuspindo fogo. Achei o carro muito lindo com essa pintura prateada, as rodas douradas e a enorme asa traseira. As fotos são recentes de um exemplar reformado do carro.

Aí está mais um lindo protótipo Japonês, o Mazda RX 792P, construído para disputar o IMSA GT Championship na categoria GTP. Teve uma carreira curta, com apenas dois carros correndo em 1992, e logo depois a fábrica abandonou o projeto. O nome vem da combinação do nome do Mazda RX-7 de rua, com o ano em que correu (1992) e a letra "P" de "Protótipo", daí RX 792P.

Alguns fatores levaram a fábrica a investir nesse carro. A vitória em Le Mans em 91 com o Modelo 787B e a consequente proibição da Fia dos motores 4-rotor nessa competição, os bons resultados do RX-7 na classe GTO do IMSA, e o fato de que o IMSA ainda permitia a utilização dos motores rotativos. Assim o motor R26B 2.6L com 690HP foi para os EUA com os devidos ajustes para as corridas mais curtas e os circuitos menores. Ao todo foram construídos três carros.

Na primeira e na segunda corrida em que participou, o primeiro carro teve que abandonar pois pegou fogo devido ao contato do escapamento com a carroceria. Na terceira corrida, já com dois carros, os resultados não foram mais empolgantes, um acidente nos treinos e um 15º lugar. Já na quarta corrida os carros mostraram algum potencial, terminando em 3º e 4º lugares. Daí em diante alguns resultados medianos, outros melhores como um 2º lugar, mais algumas quebras e a decepcionante 6ª colocação no mundial de construtores.

No final da temporada vários acontecimentos influenciaram a descontinuação do projeto, como o anúncio da IMSA que após a temporada de 93 a categoria GTP seria substituída por outra com protótipos "open-cockpit", ou sem capota, fazendo com que o modelo RX 792P tivesse apenas mais um ano de corrida antes da fábrica ter que desenvolver outro carro novo. Mesmo assim a Mazda USA conseguiu uma verba, bem inferior a dos concorrentes, para participar da temporada de 93, só que a Mazda Corporation no Japão, que fornecia os motores, anunciou que estava saindo das corridas e descontinuando o programa experimental de motores, que incluía o 4-rotor. Sendo assim, com a verba e o carro mas sem o motor, foi o fim do belo RX 792P.

Agora sim, continuando com os protótipos, esse é o Toyota 89C-V, que participou das 24H de Le Mans de adivinhem, 1989, entre outras provas de longa duração. Faz parte de uma série de protótipos parecidos da Toyota do final da década de 80 e início dos anos 90 que mudava o nome do modelo de acordo com o ano. O motor desse modelo era um Toyota R32V V8 de 3169cc.

Pelo que encontrei esse carro não conseguiu resultados muito significativos, mas sem dúvida era bonito, gostei da dianteira com os faróis elegantes. Só nunca entendi essas rodas cobertas em vários protótipos desses anos, as vezes corriam cobertos e as vezes descobertas, prefiro sem a cobertura, favorece mais o visual.

No próximo post mais um protótipo oriental...

*Atualizado

O Guilherme Akatsu enviou um link que explica essas coberturas sobre as rodas de alguns carros de corrida. É para anular o arrasto aerodinâmico causado pelas caixas de roda, que reduz a velocidade final do carro, e aumentar a sustentação aerodinâmica na parte de trás do carro. Deu pra entender? Bom, em outras palavras, para o carro andar mais rápido...

Valeu Guilherme!

Nessas horas que não dá para fazer um post muito elaborado por falta de tempo, o jeito é usar fotos que falem por si só, como essa linda imagem de uma Mercedes CLK GTR cortando a curva e soltando faísca, que bela traseira. Aconteceu em Hockenheim no Fia GT de 1997.

O dia hoje está absurdamente corrido no trabalho e não estou conseguindo parar para atualizar o blog. Peço desculpas ao pessoal, mas prometo que amanhã a situação vai se normalizar e vou poder continuar com os protótipos que havia programado.

Mas para não deixar o dia passar completamente em branco e aproveitando o post da Indy anterior, essas são duas fotos muito legais que meu camarada Leandro Castro (Fórmula Total) enviou. Na primeira foto, o brasileiro Helio Castro Neves da Penske e na segunda novamente o Justin Wilson da Dale Coyne, em um momento de "chuva de faíscas", quando o assoalho do carro pega na pista. Gosto muito dessas fotos, são tão legais quanto as Spitting Fire. Parece que o carro está pegando fogo, mas na verdade tudo acontece muito rápido, só que quando registrado em foto dá um visual incrível. Acontecia muito com os carros de F1 na década de 80, mas hoje é difícil de ver.

Continuo com os protótipos no próximo post, pois encontrei essa foto na internet e achei muito maneira, um momento que só essas corridas em ovais podem proporcionar, três carros emparelhados na pista formando uma belíssima imagem.

Os carros da Indy não aparecem com muita frequência aqui, mas acho eles bonitos, e as pinturas também são show. Se alguém souber os nomes dos pilotos eu atualizo aqui.

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O amigo Guilherme Rosa informou os pilotos e as equipes, valeu Guilherme!

#6 Ryan Briscoe - Team Penske

#2 Graham Rahal - Newman Haas Lanigan Racing

#18 Justin Wilson - Dale Coyne Racing

Vou iniciar uma sequência de protótipos e o primeiro é o Ford C100, um dos protótipos mais bonitos que a Ford já fez, principalmente o modelo branco. Pelo que encontrei de informação, não teve muito sucesso nas pistas. Sua principal participação foi no ano de 1982 nas corridas de longa duração do Grupo C, mas também chegou a disputar provas em 81 e 83, só que de forma mais discreta.

A Ford alemã apostou nesse carro com motor Cosworth DFL V8 3.9L, mas acabou sendo uma decepção, mesmo nas mãos do famoso piloto Klaus Ludwig. Nas 24H de Le Mans de 82 os dois carros abandonaram com problemas elétricos, e em outras provas famosas só obtiveram resultados medianos ou não completaram a corrida.

A montadora abandonou o projeto no final da temporada de 82, e um carro foi vendido para uma equipe particular, e o outro ficou com a preparadora Zakspeed, que fez algumas modificações no carro e passou a chamá-lo de Ford C1/4 e depois C1/8, e chagou até a ganhar uma corrida.

Achei alguns modelos com pinturas e frentes diferentes, mas parece que os originais são os brancos com logo Ford e os laranjas da Jagermeister. Esse amarelo e verde não sei bem de quando é, mas deve ser um modelo reformado para eventos de exibição, e a pintura ficou bem maneira.

*Atualizado

O amigo Claudio Paes Leme passou uma informação interessante.O projeto inicial do belo C100 é de Len Bailey, que também participou do desenvolvimento de outros carros famosos como o GT40, o Gulf Mirage M6, o Ford 3L P368, o Emka Aston Martin, e ainda do Iso Rivolta e do Politoys FX3 de Frank Williams na F1. Um currículo de respeito, que não foi necessário para que o carro atingisse os resultados desejados.

Aproveitando o assunto Ferrari amarela, essa é a Ferrari 512 BB que descobri outro dia na internet, BB de Berlinetta Boxer. Foi um modelo de rua produzido pela fábrica italiana entre os anos de 1974 e 1981. O motor era um 5.0L H12 com 360HP, capaz de levar o carro a 300Km/h.

Não consegui maiores informações dessa versão de corrida, mas deve ser recente, preparada para algum campeonato de clássicos europeu. De qualquer forma, gostei muito do visual do carro com linhas retas e pintura em dois tons, me lembrou a Lotus Espirit da década de 80, vou ver se coloco ela no próximo post.

*Atualizado

O Interdomin como sempre deu uma ótima contribuição para o post, e enviou um link com algumas 512BB que disputaram as 24H de Le Mans em 1978. Na verdade não chegaram bem a disputar pois abandonaram logo no início da corrida com problemas mecânicos, mas sem dúvida eram belos carros.

E o Alysson observou que a Ferrari parecida com a Lotus Spirit é a Dino 208 GT de 1973, que vou aproveitar para postar aqui em breve.

Mais uma linda foto reunindo carros da mesma marca. Essa quem enviou foi o grande amigo Leandro Castro (Fórmula Total). Valeu cara!

São vários modelos de Ferraris de corrida, de várias gerações reunidas em um evento em Nurburgring, belíssima foto. Só não entendi o modelo amarelo e azul, que está mais para Renault do que Ferrari, rsrs, mas deve ser lá dos primórdios da equipe.

*Atualizado

Mais uma vez os amigos experts em F1 não me deixaram na mão e deram ótimas informações, valeu pela ajuda pessoal!

Essa incomum Ferrari amarela e azul é o modelo 166F de 1949, uma Ferrari pré-F1, que foi pilotada por ninguém menos que Fangio, e serviu de base para a primeira Ferrari campeã na F1 em 1952. Antes de 1950 as corridas de F1 eram conhecidas como Grandes Prêmios, e cada equipe deveria correr com as cores de seus respectivos países baseado em regras pré-estabelecidas, e a cor da Itália era o vermelho, mas a da Argentina (país do piloto) o amarelo e o azul, e daí as cores do carro. Mais informações e fotos aqui e aqui.

Mais uma foto com as Ferraris de corrida juntas que encontrei hoje.

Eu já tinha me deparado com a mini desse carro há um tempo atrás, e recentemente apareceu no blog do Tohmé (Minis no Mundo), mas nunca tinha encontrado uma foto do carro de verdade até pouco tempo atrás. É um Porsche 936 que disputou os 3.000Km de Nurburgring em 1976 com o famoso Rolf Stommelen.

O que me chamou a atenção nesse carro além do visual diferente dos 936 mais conhecidos, foi a incomum pintura preta da Martini, uma vez que estamos acostumados com o branco ou o vermelho. Mas o preto caiu muito bem, devia ter sido usado mais vezes.

E para finalizar o dia, um Spitting Fire exclusivo enviado pelo amigo Tohmé (blog Minis no Mundo) clicado por ele hoje diretamente dos treinos para os 1.000Km de Interlagos. É uma das duas Lamborghini Gallardo que vão participar da prova largando em segundo ou terceiro lugar.

Ótima foto, considero esse um dos carros GT mais maneiros da atualidade e cuspindo fogo fica melhor ainda. E essa é a primeira foto de "cuspida" que aparece aqui enviada por quem tirou, show de bola. Brigadão Tohmé!

Ainda não sei em qual posição esse carro terminou, e se alguém souber é só dizer que eu atualizo aqui.

*Atualizado

O amigo Lui George enviou mais informações dessa máquina. É uma Gallardo modelo LP560, o mais atual para competições de GT3.

Os pilotos para esses 1.000Km de Interlagos foram Cláudio Dahruj (Trofeo maseratti) e Rafael Daniel (Copa Vicar). O carro largou em segundo lugar, mas a equipe resolveu abandonar a prova quando a pista ficou molhada, uma vez que eles estavam usando a competição para aperfeiçoar o setup do carro em Interlagos, para a disputa da GT3 esse ano.

A vitória da corrida ficou com a Ferrari Scuderia que não teve competidores a altura, uma pena.

Valeu Lui!

E como eu não poderia deixar de colocar aqui, algumas fotos de "cuspidas"do Nissan Super Silhouette Skyline DR30. Deve ter sido muito legal ver essa máquina em ação.

Esse é o Nissan Super Silhouette Skyline DR30, um carro de corrida japonês do início da década de 80 que fez um grande sucesso nas pistas no campeonato Super GT e conquistou milhares de fãs pelo Japão. Era baseado em um modelo de rua, e eu achei muito maneiro seu estilo, com linhas retas e exageradas.

O carro tinha um visual incrível para a época, e o desempenho era semelhante aos carros de F1 daquele tempo, um 4 cilindros Turbocharged 2.0L com 570HP. Conquistou várias vitórias em 82 e 83, mas a Nissan resolveu descontinuar o projeto para voltar os esforços para outros carros, como os protótipos do Grupo C e os carros de turismo do Grupo A.

A pintura vermelha e preta era marca registrada também, e por conta disso a equipe do ex-piloto do carro, Masahiro Hasemi, usa as mesmas cores no Nissan GTR com que eles competem no Super GT hoje em dia, uma forma de homenagem ao Silhoutte.

Belo Volks de corrida na Europa. Não sei que carro é, mas me lembra muito o Passat antigo por causa dos faróis duplos. Gostei do body kit e das rodas.

*Atualizado

O amigo Julio Cezar identificou o carro da foto, um Scirocco I, a primeira geração do lindo coupé esportivo re-lançado pela VW há pouco tempo (apareceu aqui há alguns meses).

Ele também enviou a foto do belo modelo amarelo abaixo, que pelos adesivos parece ser da mesma competição do carro da primeira foto, um evento desses de clássicos na Europa. E eu encontrei a versão laranja com pintura da Jagermeister, que sempre cai bem em qualquer carro, nesse ficou show.

Valeu Julio!

Estou para postar esse carro há um tempo pois além de diferente achei muito lindo. É a Ferrari 250 GT SWB Berlinetta ou 250 GT Breadvan, como também ficou conhecida. Foi a continuação da 250 GT Tour de France, desenvolvida pela fábrica italiana para as pistas e que depois foi continuada nas ruas no início da década de 60.

O motor era um V12 3.0L com pouco mais de 280HP, e estreou em Sebring em 1960 conseguindo três das 10 primeiras posições. Em Le Mans naquele ano o carro ficou em quarto na geral e ganhou na categoria GT. E ainda obteve vitórias importantes no restante da temporada, assegurando o campeonato de Sports-Racing Endurance do ano. Em 1961 os resultados foram ainda melhores, melhorando a posição na geral em Le Mans para o terceiro lugar, além da vitória na categoria. Em 1962 os resultados já não foram tão bons, e em 1963 o carro foi continuado nas ruas.

Curti muito o visual do carro, e talvez possa ser considerada a primeira "perua de corrida" da história, rsrs.

Apresentação oficial do carro pelo presidente da Ferrari na época.

Essa semana não estou conseguindo atualizar o blog como gostaria por conta do trabalho, e peço paciência aos amigos.

Esse é o March 707, protótipo que disputou a Can-Am (Canadian American Challenge) em 1970. O nome vem do ano e da categoria que participava, 70 de 1970 e 7 de Grupo 7. Essa categoria que era muito famosa na época, e despertou o interesse dos europeus em criar uma campeonato semelhante no velho continente.

O motor era um Chevrolet V8 8.2L com 730HP, e foi pilotado na Can-Am por Chris Amon, que até obteve bons resultados, mas no ano seguinte a March decidiu não participar mais do campeonato, e hoje em dia o carro disputa campeonatos de clássicos históricos na Europa.

Me chamou a atenção a diferente asa dianteira, que parece meio improvisada, mal posicionada, e o motor pra fora do carro.

*Atualizado

Mais algumas informações desse carro com a contribuição dos amigos Guilherme Rosa e Claudio Paes Leme.

O que vemos saindo da parte de trás do carro são as cornetas de coleta de ar para admissão, comum nos carros da série naquela época, como as McLarens e as Lolas. Já a estranha asa dianteira é igual ao March 701 (última foto), carro de F1 da equipe naquela temporada, pilotado entre outros por Stewart e Andretti.

Abaixo o March 701, que inspirou o nariz estranho do 707.