Faltou mostrar o R5 Maxi Turbo cuspindo fogo, coisa que ele fazia muito bem. Destaque para o modelo menos conhecido acima com patrocínio da Pepsi, não me lembro de ter visto a marca de refrigerantes em outro carro de corrida antes. Também não passa desapercebido esse monte de farol ocupando quase a frente toda do carro, devia ser muito bom pra pilotar a noite.

Estava de passagem pelo blog Carangos e Afins do Gustavo Leme quando vi um vídeo desse carro lá, que me chamou a atenção e resolvi postá-lo aqui. É a Toyota Tacoma Pikes Peak do piloto neo zelandês Rod Millen, que fez história na famosa subida norte-americana no final da década de 90, estabelecendo um novo recorde em sua categoria.

Eu não conhecia o carro e curti o visual. Pra quem não conhece, a Toyota Tacoma na versão de rua é uma picape tipo a Ranger ou a Hilux, e como é possível ver, nessa versão de corrida só sobrou o nome mesmo, porque dependendo do ângulo que se olha nem picape parece mais. Possuia tração integral, e um motor turbo intercooler de 4 cilindros em linha 2.1L que gerava de 800 a 1.000HP, uma usina de força como um bom carro que participa desse evento deve ser.

As fotos acima são do carro em ação em Pikes Peak, e abaixo na aparição que fez no Festival de Goodwood em 2007, de onde aliás vem o vídeo que me motivou a fazer esse post, e que reproduzo por último. Impressionante a força do carro e como o piloto tem que se virar pra segurar ele na pista, fica balançando de um lado pro outro tipo um bicho brabo preso em uma jaula e qualquer descuido poderia acabar mal. O som do turbo espirrando também não pode passar em branco.

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O Volney informou que esse carro venceu a categoria Unlimited na subida de Pikes Peak em 1998 e 1999. Era capaz de atingir 200Km/h em apenas 4,9 segundos, e que para participar de Goodwood teve a potência reduzida. Se reduzida já balançava pra tudo que é lado, imagina normal como não seria.

Demorou um tempo, mas finalmente chegou a hora do segundo post da série Grupo B. E após muitos votos e sugestões, o escolhido da vez foi o belo e rápido R5 Maxi Turbo, uma versão modificada do R5 Turbo. Mas os fãs dos outros carros da categoria não se preocupem pois todos vão aparecer aqui em breve.

O R5 começou a ser desenvolvido em meados da década de 70, em paralelo aos bons resultados que a fábrica vinha obtendo na Fórmula 1. A ideia era construir um carro para disputar Rallys internacionais, o que significava ter que construir também pelo menos 400 unidades para fins comerciais, mas no fim das contas as duas versões não compartilhavam quase nada. O motor utilizado no modelo que disputou o Grupo B era uma versão mais "mansa" do RE20 da F1 com 4 cilindros em linha e uma turbina, ao invés do V6 bi-turbo do F1. Gerava aproximados 350HP contra 500HP do monoposto, e ficava instalado atrás do piloto.

O carro tinha um comportamento bastante estável, uma direção rápida e precisa e uma aderência fora do normal, que foi muito aclamada na época. A tração era traseira ao contrário de muitos concorrentes da época que possuíam tração 4x4, mas isso só era desvantagem em provas na terra, porque nas corridas no asfalto ele andava no mesmo ritmo dos outros. Venceu o Rally de Monte Carlo de 1981 na sua primeira participação no WRC, e o Tour de Corse de 82 e 85, sem contar inúmeras vitórias no campeonato francês. Um verdadeiro foguetinho, e muito maneiro com essa pintura clássica da Renault.

Hill Climb (ou subida de montanha) é uma outra modalidade de corrida que faz sucesso, principalmente na Europa onde ocorrem vários eventos espalhados. Consiste em pegar um carro de corrida e subir montanha acima por um percurso pré-definido, e quem fizer o menor tempo ganha. É tipo a famosa subida de Pikes Peak nos EUA, só que em estradas asfaltadas. Imagino que seja divido em categorias diferentes pois existe uma grande variedade de carros, boa parte são clássicos antigos e carros de rally aposentados, mas também tem protótipos e até carros de fórmula.

Recentemente achei um site com muitas fotos de carros que praticam essas competições, e aos poucos vou postando eles aqui. Pra iniciar escolhi esses dois Fiat 500 Abarth, um do modelo antigo com roupa de corrida, e o outro do modelo novo, e é interessante ver as diferenças entre eles. Não tinha ido muito com a cara desse novo, mas nessa versão Abarth é uma beleza. Já o antigo está muito simpático vestido desse jeito, e entre os dois acho que ficaria com ele pra subir a montanha.

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O Gustavo Leme do blog Carangos e Afins comentou que achava que o primeiro modelo era um Fiat 600 e não um 500 como eu havia informado. Eu dei uma pesquisa rápida e confirmei que realmente o carrinho da primeira foto é um Fiat 600, então fica aqui registrada a correção. Vou postar então o Fiat 500 de verdade de Hill Climb amanhã.

Valeu Gustavo!

Já estava na hora de aparecer outro carro do Super GT por aqui, o campeonato japonês de turismo. Essas são as Ferrari 360 GTC que corriam por lá, acho que a versão de corrida desse carro mais maneira que já vi. O visual com as aberturas no capô, a máscara no farol, o body kit e a enorme asa traseira ficou super agressivo. Essa branquinha da primeira foto é demais.

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O Alysson (blog Meca News) informou que essa é a Ferrari 360 GTC, lançada em 2003. Possuía o mesmo motor F131 V8 3.6L da versão de rua 360 Modena, só que disposto a 90º. Pesando apenas 1.100Kg devido a utilização de Kevlar e fibra de carbono no seu desenvolvimento, o carro fazia de 0 a 100Km/h em apenas 2,4 segundos, e atingia 320Km/h, números impressionantes.

E o Claudio Paes Leme chamou a atenção para a curiosa presença da marca de produtos esportivos brasileira Penalty na segunda foto. Realmente interessante, vai ver era patrocínio de algum piloto brasileiro, vai saber.

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O Leonardo Rigon informou que a Penalty patrocina algumas equipes de futebol japonesas, e por isso então a presença no Super GT. Ele também acrescentou que os pilotos dessa equipe foram quase sempre japoneses, a exceção de um italiano em algumas corridas, então não teve brasileiro por lá mesmo.

Sou fã desse estilo de carro de corrida com linhas retas e body kits exagerados da década de 80, eles marcaram época em campeonatos do mundo todo, tanto os Silhouettes japoneses, quanto os Zakspeeds na Europa e Estados Unidos, e vários outros modelos. Já apareceram alguns aqui pelo blog, e hoje encontrei mais essa bela máquina, o Zakspeed Ford Mustang, que disputou o IMSA GT no início dos anos 80 com Klauss Ludwig na pilotagem.

O carro teve bons resultados, venceu algumas corridas, e entre seus adversários estavam os Porsches 935. No início tinham o apoio da Miller, depois a marca de cerveja saiu e a montadora fechou uma parceria com a Jack Roush Racing, e o carro correu mais um ano. Logo depois ficou obsoleto frente aos novos protótipos da época, e a fábrica voltou os investimentos para o Mustang GTP, que vai ser história pra um outro post.

Pra fechar o dia, essa linda cuspida dupla de um Porsche 935 que disputou as 24H de Daytona de 1984. Gosto desse carro, um clássico da marca, sempre sai bem nas fotos, e essa pintura está uma beleza.

Acho que já comentei antes que curto muito o Mitsubishi Evo, e em versão de corrida eles ficam mais maneiros ainda, esse por exemplo, um Evo VII, é um dos mais lindos que já vi. É conhecido como Sun Cyber Evo, pois pertence a Equipe Sun Automobile, e é um verdadeiro sucesso no Japão. Participa de campeonatos de Drift (aquelas provas de derrapagens) e de provas de Time Attack, um termo muito comum para quem já acelerou em jogos de corrida de vídeo games.

Parece que essas competições de Time Attack viraram febre no Japão, na Austrália e nos Estados Unidos, e já existe até um campeonato mundial estreando esse ano. A modalidade consiste em pegar carros fortes, com 600 a 800HP, super preparados por equipes famosas, e correr contra o tempo em pistas de corrida. Trata-se apenas de velocidade, e o carro com o melhor tempo no final do dia é o vencedor. Não é tão simples assim pois as competições geram uma rivalidade absurda entre os pilotos e as marcas dos carros, que são na sua maioria clássicos japoneses como Honda NSX, Toyota Supra, Mazda RX-7, Mitsubishi Evo, Subaru Impreza e etc.

Parece meio sem graça, afinal não tem disputa por posição, nem ultrapassagens, nem freada, nem batidas e tudo mais que as corridas nos proporcionam, mas os caras estão torrando uma grana violenta na preparação desses carros, testando até em túnel de vento, e alguma diversão deve ter. Eu por exemplo, não me incomodaria em dar uma voltinha nessa máquina, mesmo que só pra marcar o tempo. Esse Cyber Evo tem um motor 2.0L altamente mexido com aproximados 700HP, sem falar em toda a parte de suspensão, freios e etc de primeira linha.

Como o blog é bastante eclético quanto as modalidades de corridas de carro, e o que vale são carros bonitos e fotos maneiras, esse Evo não poderia deixar de estar aqui, para que pessoas como eu que não participam nem de corridas de Time Attack, e muito menos de automobilismo convencional, possamos admirar as belas máquinas.

Sei que preciso falar mais do automobilismo brasileiro, é uma dívida minha aqui no blog, algumas pessoas já sugeriram carros e tudo. Pretendo ir melhorando isso aos poucos. E aproveitando isso, esse é o GT40 da Equipe Ifesteel que disputou algumas provas da Divisão 4 em 1973 com o piloto Arthur Bragantini, belo exemplar do modelo.

Algumas pessoas vão dizer que na D-4 só podiam correr protótipos nacionais com motores nacionais, e era verdade, só que em 73 o regulamento permitiu carros estrangeiros desde que utilizando motores nacionais (ou homologados), uma verdadeira "salada" para tentar manter os importados em atividade. Sendo assim, esse GT40 correu com motor de Maverick, mas não teve muito sucesso.

Quem se lembrar e quiser, pode contar mais sobre o carro e essa época diferente do nosso automobilismo.

Abaixo, a largada com o GT40 de Bragantini na frente, seguido no meio por um protótipo Avalone da Equipe Motoradio pilotado por Francisco Lameirão, e no alto da foto um outro protótipo Avalone. Bons tempos esses, pena que não era nascido para poder acompanhar de perto.

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O amigo Rafael Oliveira acrescentou mais algumas informações desse carro. Ele veio para o Brasil em 1969, não conseguiu os resultados esperados e por falta de tecnologia para manutenção, foi deixado um bom tempo de lado. Depois já na equipe Ifesteel seu melhor resultado foi um sexto lugar na Divisão 4, e mais tarde foi vendido para os EUA onde corre até hoje. As histórias de que esse carro venceu tudo por aqui não são verdadeiras.

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O Carlos de Paula informou que o Avallone #2 no alto da foto era do Luis Carlos Pinto Fonseca, também conhecido como "Kid Cabelereira". E nesse post em seu blog ele conta muitos outros detalhes da história desse GT40 aqui no Brasil, vale dar uma conferida.

Faz tempo que não aparece um carro da Nascar por aqui, e achei a foto desse "Ford Fusion" bem maneira. Sei que é da categoria principal, a Sprint Cup, mas não sei o ano e nem quem era o piloto. Os amigos conhecedores da categoria saberiam dizer?

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O amigo e fã da Nascar, Rafael Oliveira (descobri que ele tem um blog, Logística Notícias), deu mais informações. A foto parece ser de 2006, e o piloto é Dale Jarret, um grande vencedor da categoria. Começou a correr na Nascar em 82, conquistou o título de 99, ganhou 32 corridas na categoria (sendo três Daytona 500), e se aposentou em 2008. Uma história e tanto sem dúvida, valeu Rafael!

Eu fico impressionado como tem gente correndo de carro pelo mundo todo, nas mais variadas e pelo menos para mim, desconhecidas, categorias. Esse é mais um achado pela internet, a Master V8 Series, da África do Sul, destinada a indivíduos "maduros" que já tenham participado de alguma corrida ou que sempre sonharam em correr de carro, preenchendo assim um nicho no automobilismo. Na verdade é uma dessas categorias de Gentleman Driver que já conhecemos bem aqui no Brasil.

Os carros, denominados APV347is, são protótipos de chassis tubulares com carrocerias em fibra de vidro claramente inspiradas no novo Ford Mustang. E não é porque foram feitos pra pilotos sem muita experiência que são fracos, com motores V8 5.5L de 450HP, são capazes de chegar a 280Km/h. Sem dúvida belos e rápidos brinquedinhos de gente grande.

Achei esse carro outro dia, é um Ford Fiesta do modelo novo europeu que disputa competições como a ADAC Procar e algumas outras provas de endurance famosas pelo velho continente. O piloto é o alemão Ralf Martin, e vai até aí o que encontrei sobre o carro.

Além do belo novo Fiesta, que duvido vir para o Brasil substituir o nosso ultrapassado, me chamou a atenção a bonita pintura branca e azul com apoio oficial da fábrica. Gosto muito dessas pinturas com listras, acho que tem tudo a ver com carros de corrida, e essa em especial ficou muito boa. Muito simpático o carrinho.

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Segundo o amigo Volney, a Ford pretende lançar esse carro aqui no segundo semestre desse ano, importado direto do México, como já faz com o Fusion e o Edge. Vou torcer pra que tragam mesmo, e não mais um frankstein que as montadoras costumam jogar no brasil. Tenho lá minhas desconfianças, mas vamos aguardar...

Passei a tarde vendo um documentário no Discovery Turbo sobre o esforço de uma equipe particular inglesa para construir um carro bom para disputar a Le Mans Series, e principalmente a prova de 24H de 2005. Passaram os seis episódios seguidos, acho que o nome era Road to Le Mans, e foi muito interessante ver todos os esforços e desafios que a equipe enfrentou. É muita grana investida, e muita coisa que pode dar errado, e no fim das contas o objetivo de ao menos terminar a corrida foi alcançado, mesmo após muitos problemas. E ainda tinha no documentário outros ótimos carros como Audis R8 e Pescarolos.

A equipe era a Creation Autosportif, e o carro o protótipo DBA 03S da categoria LMP1, os #7 das primeiras fotos. O 03S era na verdade um Reynard 02S modificado, com um motor V8 Judd 3.0L de 500HP. Um carro bastante competitivo e rápido, que conseguiu ótimos resultados em seu ano de estréia, mas que sofreu muito com problemas de durabilidade.

Em 2006, algumas mudanças no regulamento da série obrigaram a equipe a dar um upgrade no carro, que passou a se chamar CA06/H, o belo #14 das fotos abaixo, que terminou em segundo lugar no campeonato de marcas daquele ano.

E em 2007, a Creation lançou o CA07, o #15 azul e marrom da foto abaixo, com um novo motor V10 AIM, e com o objetivo não só de continuar competindo na LMS e na ALMS, mas também de comercializar o protótipo para outras equipes. E parece que a equipe se firmou como um dos grandes nomes da Inglaterra, capaz de brigar com as equipes de ponta, e continua obtendo resultados consistentes.

Bom, inspirado no documentário que vi, esse foi apenas um breve histórico da trajetória da Creation e seus belos protótipos.